terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

VÉSPERA

Foto de celular Sony Ericsson 2007
Margaridas do parque próximo da escola Torn Grove
Bishop's Stortford, UK, Maio de 2008


VÉSPERA
Celso de Lanteuil
Rio, 02 de Fevereiro de 2012

Por que somos assim?
Por que vivemos a vida como se ela nos pertencesse?
Chegamos ao mundo nus
Sem meias, cuecas, chaves, cartão de crédito, celular

Não sabemos falar, interpretar o que vemos
Identificar pessoas e acontecimentos
Logo nos vestem, aprendemos a pedir e por vezes a compreender
Crescemos e vivemos como podemos e sabemos

Emocionais e racionais. Fortes e frágeis
Materialistas e espiritualistas. Dóceis e violentos
Estúpidos e geniais
E apesar de quem somos, na morte nos tornamos iguais

Graça

O grande Charlie Chaplin em seu personagem Carlitos
Cena do filme Tempos Modernos, um clássico do artista 
Enfrentou o preconceito e a ditadura através do riso

graça
celso de lanteuil
Porto-Rio, 31 de Janeiro de 2012

Sem dúvida alguma, se olharmos para a trajetória do homem, a vida na Terra e aquilo que vislumbramos possa existir no Cosmos, viver com graça faz uma enorme diferença.

nunca é tarde

Foto da Praia de Matosinhos, Porto. Portugal, 2009
Mulheres de pescadores em desespero se despedem dos maridos
Estes seguem para mares desconhecidos, muitos jamais retornarão
Na madrugada do dia 2 de Dezembro de 1947, 152 marinheiros desaparecem no mar entre ondas que chegaram a 10 metros


"... nessa negra e sinistra madrugada de 2 de Dezembro de 1947, naufragaram entre a Aguda e Leixões as traineiras “D. Manuel”, “Rosa Faustino”, “Maria Miguel” e “S. Salvador”, tendo perecido um total de 152 marinheiros entre os que se encontravam nas
traineiras naufragadas e os que caíram ao mar, deixando 71 viúvas e mais de 100 órfãos"  

Referência Belmiro Esteves Galego, Antonio Cunha Silva, Naufrágio de 1947, Toda a Saudade é um Caz de Pedra 


NUNCA É TARDE
Celso de Lanteuil
Porto-Rio, 31 de Janeiro de 2012

Acredito na nossa capacidade de aprender e mudar
Independente da nossa idade
A curiosidade para saber e fazer, faz revoluções em nossas vidas
E nos leva para destinos jamais imaginados

passou

Aprendendo a ser feliz com os amigos Silvão e Paulo Viola   
na casa do amigo Henrique Hereen
PASSOU
Celso de Lanteuil
Porto, 9 de Fevereiro de 2012
 
Deixei de me penalizar pela vida que vivi
O que passou, se foi
Não pode mais ser modificado
Mas o presente, este não
 
Neste instante é que a vida me autoriza
Vai buscar tua paz! Vais ser feliz!
E é aqui que eu tenho alguma chance
É neste momento que ainda posso tentar ser e fazer

arte

uma gaita diatônica

arte
Celso de Lanteuil
Porto-Rio, 31 de Janeiro de 2012
 
A arte promove milagres
Ela nos modifica
Sempre de algum modo
 
Nos faz ter esperança
Encontrar motivação
Descobrir maneiras de resistir
 
Ela nos faz sorrir
Ter empatia pelo sofrimento de alguém
Desperta em nós o amor, a indignação
 
Nos faz mais humanos
Nos permite olhar de uma outra forma
Ela nos ensina a chorar e desejar viver

IMAGINAÇÃO E ARTE

Artistas e instrumentos da imaginação

imaginação
Celso de Lanteuil
Porto-Rio, 31 de Janeiro de 2012

A imaginação é a porta para o impossível


PESSOAS

Fotografia tirada sem flash. Pintura de Fernand Léger, 1939, óleo sobre tela
Centre George Pompidou, Paris, Fevereiro de 2012
 
 
PESSOAS
Celso de Lanteuil
Centre Pompidou
Paris, 18 de Fevereiro de 2012

Conheci muitas pessoas
Elas me pareciam ser de um jeito
Do jeito que eu conseguia lhes ver

Corajosas. Lutadoras
Éticas. Geniais
Amigas para qualquer circunstãncia

Competentes
Inteligentes
Sedutoras

Eu encontrei muitas pessoas por onde andei
Na infãncia nós sonhamos juntos
Quando adolescentes ousamos e descobrimos lado a lado

Gozamos. Choramos
Ganhamos e perdemos muito parecidos
Assim pensava

Mas quando cresci e ajudei a construir uma família
Descobri melhor certas diferenças
Existem pessoas que são para a vida inteira

CERTEZA

Yuri presta homenagem aos mortos nas primeira e segunda guerras
Bishop's Stortford, 11 de Novembro de 2007

CERTEZA
Celso de Lanteuil
Place de Vosges
Paris, 16 de Fevereiro de 2012

Nem todas as linhas
Nem todas as rimas
Nem sempre as esquinas
Os laços, os traços
As bordas, os passos

Nem mesmo intenções
Abraços ou palavrões
Até as idéias
As boas e más
Até as palavras que fazem ou não

Nem mesmo os teus olhos
A tua emoção
Sua boca, seus beijos
Nem a minha fé, sua vontade
A minha vergonha, tua lucidez

Nada, nada. Nada pode. Nada faz
Nem o ceú. Nem a luz
Mesmo Deus, mar ou bilhão de riqueza
Ouro, poder
Nos tira o destino, de viver e morrer


Homenagem aos mortos da primeira grande guerra
Em destaque o nome de um antepassado do meu avo Duilio
Rota Greca, Calabria, Italia, terra de mio nonno, Setembro de 2009 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

EM MEMÓRIA DA DINDA ZELIA


O cantinho da Zelia
Dinda esse espaço será sempre seu

DINDA DE TODOS NÓS
Celso de Lanteuil
Rio 04/02/2012
Existem maneiras de viver
Quem já teve a Dinda sabe
Quem não teve, perdeu...

Com medo ou pressa
Ignorando, choramingando
Resmungando
Desconfiando, enganando

Muitos articulam, inventam
São rigorosos, buscam a perfeição
Reclamam, fogem, invejam
Não olham, criticam, não toleram

Existem maneiras de viver
Quem já teve a Dinda sabe
Quem não teve, perdeu...

Entre garrafas, festas
Cigarros, bares, ilusões
Tudo pela sua necessidade 
E salvação

Só enxergam sua razão 
Nunca estendem a mão
Não dividem o tempo
Nem doam sua melhor emoção

Existem maneiras de viver
Alguns sabem doar, amar e proteger
Quem já teve a Dinda sabe, quem não teve, perdeu...

REFLEXÔES 2

CALÚNIA
Celso de Lanteuil
Porto-Rio, 31 de Janeiro de 2012

A calúnia faz estragos
É um tipo de dano que machuca de modo covarde
Regra geral ela é feita às escondidas contra quem se encontra vulnerável ou indefeso
É um recurso baixo quando feita por alguém que nos é próximo e visa atingir amigos
Contra a calúnia, só os amigos de verdade

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

REFLEXÔES

DIFICULDADE
Celso de Lanteuil
Porto-Rio 31 de Janeiro de 2012

Tenho grande dificuldade de tratar assuntos sérios. As questões éticas me incomodam profundamente, apesar de me faltar diversos atributos nesta área. O desrespeito ao próximo, a censura, a covardia, a tortura, o preconceito, seja de que espécie for, me levam para um sentimento de tal intensidade, cujo resultado é a contração do pescoço, ombros e maxilar.

Gostaria de encontrar nestas ocasiões um ponto de equilíbrio em que essa indignação não fosse tão intensa, mas raras vezes tenho conseguido sucesso nesta questão. Por isso preciso tanto da música, de ler um bom livro, de andar de bicicleta, mergulhar em mar aberto, assistir um filme de Almodóvar, Woody Allen ou Tarantino, fazer amor com minha mulher, passear com meus filhos, rir com meus amigos. Do contrário, viro bicho faminto.