sábado, 21 de março de 2015

Tempos de Corrupção e outras coisas

MATÉRIA PRIMA
Tempos de corrupção e outras coisas
Celso de Lanteuil
Rio, 16 de Março de 2015


Essa matéria prima
Que na alma se forma tão diferente
Molécula de povo aprendiz
Na luta para se fazer livre e feliz


Este alienado, ou fanático
Intransigente que vive da negação
Ou aquele cujo excesso de tolerância
Permite o absurdo sem o questionar


Essa diversidade tão rica
Que é malandra e inocente
E aposta sem pestanejar
Na gente que mente sem parar

E desse adubo que fica
Uma composição singular
De cheiro forte que marca
A qualidade de um povo que cresce


Ora cansado de tanto trabalhar e pagar
Esquecendo a experiência passada
Confundindo trapaça com desamor
Desistindo em não ir à essência


Assim não compreende
Que nem todo homem é messias
Poucas vozes são as de um salvador
Mas sim de um tipo safado, um craque em ludibriar

E essa matéria densa se molda
Feita de uma história que poucos conseguem lembrar
Preguiçosa de querer entender e vontade de modificar
Logo os fatos se perdem, diante de todos nós

Surgem definições, para justificar o que não se pode explicar
Esquerda, Direita, Centrão se misturam
E ninguém explica direito, quem matou Trotsky
Se a Direita raivosa, ou a Esquerda de Stalin, o grande irmão...  

 

 

 
 

 

 

 

  

 

segunda-feira, 16 de março de 2015

QUE POVO SOMOS NÓS?


QUE POVO SOMOS NÓS?

Celso de Lanteuil
Rio, 15 de Março de 2015


Nosso povo é uma grande mistura
Nasce e cresce de muitos jeitos
Experimenta de tudo um pouco
Uns vivem pela metade, outros vivem por inteiro


Esse cidadão, é o que há de melhor e pior
Alguns seguem politizados, outros muitos, uns alienados
Convivem entre nós, algozes, democratas e outras coisas mais
E nessa mistura confusa, não sabe bem o que faz

Conservadores, reacionários, trabalhadores, malandros
Há de tudo um pouco, nesse “muitos” que é o brasileiro
É o fascista, o ético, egoísta, altruísta e o intolerante  
Que ora se esconde, ora se revela, conforme a hora e lugar  


Trinta anos depois dessa nova democracia
Esse dócil e violento, acomodado e revolucionário
Nosso povo ainda mata por um gol
Briga por uma sigla, estrangula por estupidez


E se divide tudo o que tem
Ou doa seu melhor dom
Também trai como ninguém
Numa rotina que nunca tem fim


Que coisa interessante esse povo tupiniquim
Que canta todos os tons e dança tantos ritmos
Mas rouba o próprio irmão
E ao discursar, diz que vive para te proteger


Então quando a cidadania reclama
Cansada da demagogia, que mente, mente e mente
Salvando da enchente um pingo de gente
Num maremoto de merda que avança indiferente


Mistura de populismo, corrupção, mordomias, politicagem e desrespeito
Nessa realidade absurda, criada para proteger
Uma classe que jamais se movimenta
Para esse status desconstruir


Fico imaginando, qual será o destino desse brasileiro
Que tem a identidade múltipla e o pensamento tão diferente
Por vezes sendo um bicho guloso, que luta e vive somente para si
E esquece que é parte de uma nação, alguém importante nessa construção